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Ataques de pânico


Tinha perto de 18 anos quando tive o meu primeiro ataque de pânico e depois disso foi a decadência.

Durante 1 ano e meio sofri dos maiores terrores da minha vida.

Num desespero profundo achei imensas vezes que ia enlouquecer.

Na verdade eu conheci a loucura, a depressão, a psicose.

Foram tempos que desejei nunca ter nascido e tempos que nem sabia se estava viva.

Vivi o mais próximo da solidão, da perda de identidade, da tristeza e da angustia.

Momentos em que não sabia quem era, quem eram as pessoas que me rodeavam, em que ano estava ou até mesmo em que local me encontrava.

Enfrentei essa loucura em desespero e numa apatia em estado de alerta, sozinha sem o apoio de ninguém.

Passava o dia inteiro a controlar-me para não me descontrolar e era exactamente isso que acontecia no cair da noite, o descontrolo total e angustiante numa sensação de escuridão interna.

Chegava ao fim do dia exausta e com a cabeça mergulhada no caos.

Passava noites em branco com dores no corpo e nas poucas horas que dormia, tinha pesadelos que me absorviam.

Lembro-me das recaídas me afundarem no colchão e que pesado que era o meu corpo.

Tinha vozes infinitas dentro da minha cabeça, todas a barafustarem num sem fim de argumentos complexos ou era apenas eu que não as conseguia compreender. Desenvolvi uma série de problemas emocionais, físicos e mentais. Fiquei hipocondríaca, desconectada, com disturbios alimentares.

Entre algumas experiências medicamentosas fui sentindo diferenças no meu humor, mas o comum em todos era a dormência.

Sentia-me sonolenta, exausta, era apenas um corpo que vagueava pelas ruas sem uma ponta de alma a guiá-lo.

Caminhava moribunda pelas ruas a observar as pessoas que passavam.

Sentia-me profundamente triste por vê-las tão bem. Via grupos de pessoas alegres a sorrirem, a interagirem umas com as outras e eu, tão só e desamparada.

Desesperava ao pensar que nunca iria conseguir chegar a esse ponto de bem estar. Pensava que ia para sempre ficar louca e infeliz.

Um dia ao ver um jovem casal feliz a passear, decidi que ia sair daquele estado. Decidi que a minha mente não me iria dominar mais. Eu seria muito mais forte do que ela e ia ser feliz.

Quando comecei a trabalhar decidi deixar de tomar a medicação, seguindo o conselho do médico.

Teria de fazer o “desmame” para me habituar à mudança, mas apenas durou um ou dois dias. Arrisquei e deixei de tomar assumindo a responsabilidade de voltar a ter uma recaída.

Na verdade não aconteceu. Tinha conseguido sair do inferno em que me encontrava.

Durante anos fui tendo pontualmente uns inícios de ataque que facilmente se desfaziam.

Era fácil de controlar, sentia-me experiente o suficiente para não deixar desencadear mais um ataque.

Usava a técnica de me distrair com alguma coisa, de me levantar, ou mentalmente me acalmar dizendo que estava tudo bem e que ia passar.

As reações entre as pessoas são comuns. Passo a citar os sintomas:

- tonturas

- aperto no peito

- dificuldade em respirar

- dores ou tensão na cabeça - dormência no corpo

- despersonalização

- sonolência

- náuseas

- irritabilidade

- cansaço

- vontade de chorar

- vontade de fugir

- hipersensibilidade auditiva e visual

- confusão mental

- taquicardia

- sudação

- calafrios

- tremuras

- palidez

Ao fim de alguns anos desta vivência consegui compreender o que são os ataques de pânico.

Foram precisos todos estes anos e experiências para sentir o que realmente é, este cada vez mais comum fenómeno.

Causas físicas:

O corpo pode estar intoxicado devido à má alimentação e hábitos nocivos. Sedentarismo, tensão corporal, falta de descanso, podem levar à exaustão e desregulação física e desencadear um ataque de pânico.

Optar por uma boa alimentação e trabalho corporal mantêm o corpo saudável e equilibrado.

Causas mentais:

A mente é “manhosa” e cria um sem fim de pensamentos que nos levam à exaustão podendo causar ansiedade desmedida e eventualmente provocar ataques de pânico. Alimentamos esses pensamentos criando histórias sem fundamento acabando por sofrer as suas consequências. Meditar diariamente é a forma mais completa e correcta de parar esse circulo vicioso. Causas emocionais: Traumas, vivências sofridas levam a que nos controlemos. O controlo emocional provoca um controlo físico que não nos permite sentir nem experienciar essas mesmas memórias de forma equilibrada, provocando assim uma tensão generalizada que pode desencadear em sensação de prisão ou de descontrolo, mais conhecido como ataque de pânico. Causas espirituais: Foi aqui que me localizei, mas só muito mais tarde compreendi a sua existência e o quanto pode ser destrutiva. Quando vibramos numa frequência mais baixa é normal atrairmos também situações, pessoas e espíritos de baixa frequência. Obsessor são todas as energias que nos induzem em erro e sofrimento. Podem ser seres encarnados e que tão próximos estão de nós ou os desencarnados que estão na mesma vibração em que nos encontramos naquele momento. Como eu era uma adolescente com péssima auto estima, com imensos sentimentos de culpa, submissa, triste e de fácil manipulação essas energias mais densas dominavam-se. Como me dominavam? Induzindo pensamentos de dor, de ódio e de destruição. Porque acontecia? Porque emocionalmente sentia-me fragilizada, incompreendida e infeliz. A melhor forma de resolvermos este campo é vigiarmos muito bem como está a nossa energia, protegendo-nos e limpando-nos dessas mesmas influências, para isto é necessário ter um bom conhecimento espiritual.

É da nossa responsabilidade mantermos a nossa energia em equilíbrio e para isso é necessário acedermos à nossa sabedoria interna. Não ter medo ou vergonha de pedir ajuda também é fundamental, pois quando ainda não sabemos o caminho que nos leva ao nosso interior, é através desse auxilio externo que conseguiremos fazer. Fazer detox em todos esses corpos, físico, emocional, mental e espiritual, é a melhor forma de encontrares a estabilidade e o melhor caminho para a cura. Como podes fazer esses detoxes? Recorrendo a profissionais que te passarão a melhor forma de os realizar. Mais uma vez neste ponto sê responsável, pois é imprescindível que se saiba muito bem o que se está a fazer para que nada se comprometa. Existem milhares de pessoas a passarem por esse imenso desconforto que são os ataques de pânico e é através do meu testemunho que pretendo de alguma forma ajudar.

Quantas pedras encontrei pelo caminho? Muitas! O que aprendi com elas? Que independentemente delas existirem, o caminho tem de se fazer, então mais vale aceitá-las e transformá-las.

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